TRE Solidário: Conheça a atuação do Serviço de Assistência Domiciliar (SAD) e da Inegra
Nesta quinta-feira, 24/9, serão apresentadas mais duas instituições beneficiadas pela projeto TRE Solidário
Receber alta do hospital e voltar para o ambiente domiciliar é o anseio de muitos pacientes. Mas, para isso, muitos deles, em situações graves, necessitam de cuidados especiais e redobrados para voltar ao conforto familiar. Em outro cenário, mulheres negras da periferia driblam, todos os dias, o preconceito e a discriminação social para conseguirem inserir-se adequadamente na sociedade. Algumas, egressas do sistema penitenciário, enfrentam essa situação de forma mais intensa.
Nesta quinta-feira, 24/9, apresentaremos mais duas instituições que cuidam dos públicos mencionados acima e que foram beneficiadas pela ajuda do TRE Solidário. A primeira delas é o Serviço de Assistência Domiciliar (SAD) do Hospital Waldemar de Alcântara, que auxilia pacientes no processo de desospitalização, ou seja, de transição do hospital para o ambiente domiciliar. A segunda é o Instituto Negra do Ceará (INEGRA), organização não governamental que atua diretamente com mulheres negras rurais quilombolas, da periferia e da Região Metropolitana de Fortaleza.
Serviço de Assistência Domiciliar (SAD)
Formado por cinco equipes multidisciplinares de profissionais que trabalham de forma alinhada para realizar uma assistência integral e segura, o SAD é um programa inserido nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), conforme a Portaria nº 963 de 27 de maio de 2013. O objetivo do serviço é garantir uma assistência humanizada e uma continuidade dos cuidados à saúde.
O SAD atua nos principais hospitais de Fortaleza. São eles:
- Hospital Geral Dr. Waldemar de Alcântara;
- Hospital Geral de Fortaleza (HGF);
- Instituto Dr. José Frota (IJF);
- Hospital de Messejana;
- Hospital São José;
- Hospital César Calls;
- Hospital Universitário Walter Cantídio;
- Hospital Infantil Albert Sabin;
- Maternidade Escola Assis Chateaubriand.
O serviço de assistência fornece medicações, materiais médicos hospitalares e empresta os equipamentos necessários para o tratamento domiciliar, além de acompanhar todo o processo, a fim de garantir a adequada adaptação do paciente ao ambiente familiar. Segundo a auxiliar de enfermagem que atua no administrativo do SAD, Edivânia Maria da Silva, o serviço dispõe, atualmente, de 210 vagas que são preenchidas conforme as necessidades e solicitações de cada hospital.
Mesmo durante a pandemia, o serviço não parou, ela destaca. Os acompanhamentos continuaram, sejam por visitas presenciais, seguindo todos os protocolos sanitários; sejam por ligações, sempre monitorando a saúde dos pacientes. Para ela, a ajuda do TRE-CE foi “maravilhosa! Quando as famílias souberam, ficaram muito gratas. Muitos deles são da periferia e passaram por dificuldades neste período”.
A médica Úrsula Wille Campos, diretora do SAD, também manifestou muita alegria com a ação. “Foi uma surpresa muito boa e as doações chegaram em momento oportuno. É muito bom que um órgão público desenvolva essa solidariedade entre as famílias carentes”. O projeto recebeu 100 cestas básicas do TRE Solidário, que foram distribuídas a 100 famílias do SAD, conforme avaliação do serviço social do hospital, que selecionou as famílias mais necessitadas para a entrega das cestas.
Para mais informações sobre o Serviço, consulte o site do Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH).
Instituto Negra do Ceará (INEGRA)
O Instituto Negra do Ceará (INEGRA) também foi beneficiado com as doações do TRE Solidário. O coletivo existe há 15 anos e se denomina como uma organização não governamental feminista, cujo principal objetivo é lutar contra o preconceito e a discriminação racial, sexista e de classe, fortalecendo, assim, a construção afirmativa da identidade da mulher.
Segundo Francisca Sena, coordenadora administrativo-financeira da INEGRA, a organização tem trabalhado diretamente com mulheres negras rurais quilombolas, da periferia e da Região Metropolitana de Fortaleza. “Parte dessas mulheres estão em conflito com a lei. São mulheres egressas, que cumprem medidas cautelares e/ou são familiares de pessoas que estão encarceradas.”
O INEGRA atua fortalecendo a organização política dessas mulheres e de seus familiares, prestando apoio social e jurídico, quando necessário. Com a pandemia, a organização desenvolveu projetos de apoio emergencial para mulheres negras rurais quilombolas, da periferia e da Região Metropolitana de Fortaleza. A entidade foi agraciada com doações que outras instituições efetuaram.
Francisca pondera que o isolamento provocou um maior empobrecimento das mulheres negras. “Decorrente do desemprego e da sua inserção no mercado de trabalho informal. O isolamento diminuiu a prestação de serviços e a comercialização e circulação dos seus produtos, causando uma queda na renda familiar.”
As doações do TRE Solidário beneficiaram 25 famílias: tanto egressas do sistema prisional, quanto familiares de pessoas encarceradas e mulheres da periferia de Fortaleza que já participaram de projetos da INEGRA. A coordenadora frisa que as cestas foram de grande importância. “Contribuíram para assegurar, num curto período de tempo, a alimentação e a higiene na prevenção ao novo coronavírus. Adicionamos às cestas, um kit com três máscaras para cada mulher/família.”
Texto e arte: Mariane Lopes e Joyce Oliveira (ASCOM)
#PraTodosVerem Banner retangular com fundo azul-claro. Na parte superior, duas fotos, lado a lado. A foto que está no canto esquerdo do banner, mostra uma mulher na frente de uma casa, com várias cestas empilhadas diante de si. A foto que está no canto direito apresenta uma mulher sorrindo e contemplando uma cesta de alimentos e um kit de higiene, que estão sobre a mesa de sua casa. Abaixo das fotos, centralizado, o nome da instituição Instituto Negra do Ceará (INEGRA), na cor azul-marinho. Na parte inferior do banner, também centralizado, o nome TRE Solidário, em letra cursiva, na cor azul-marinho.